segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Radioamadores de Boa Vista comemoram 37 anos de atuação

Radioamadores de Boa Vista comemoram 37 anos de atuação


Dez radioamadores operam diariamente os equipamentos transceptores.
Eles acreditam que o rádio não pode ser substituído por outras tecnologias.


Abílio e Paulo, ou P8AZ e PV8PX são alguns dos radioamadores de Roraima (Foto: Emily Costa/G1)
Abílio e Paulo, ou PV8AZ e PV8DX, são alguns dos radioamadores de Roraima (Foto: Emily Costa/G1)

Contrariando as dúvidas quanto ao futuro do rádio depois da criação da internet, dez radioamadores de Boa Vista operam, todos os dias e há 37 anos, os chamados equipamentos transceptores (dispositivos que combinam um transmissor e um receptor). Eles usam o rádio para entrar em contato com conhecidos e desconhecidos espalhados por todo o mundo.
Conversar sobre um problema técnico ou a respeito de uma nova descoberta com um vizinho, um morador da Noruega ou mesmo com um astronauta em órbita é tarefa comum para o radioamador Abílio Monção, o PV8AZ. Ele, que há mais de 30 anos opera equipamentos de rádio, explica que o serviço de radioamador é insubstituível.
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Antenas na sede da Labre de Roraima facilitam o contato com radioamadores de todo o mundo (Foto: Emily Costa/G1)Antenas na sede da Labre de Roraima viabilizam o
contato com radioamadores de todo o mundo
(Foto: Emily Costa/G1)
"Quando apareceu a internet, muitos acharam que os equipamentos de rádio sucumbiriam. Mas, aconteceu justamente o contrário. Hoje em dia, a internet e todas as recentes tecnologias auxiliam os nossos trabalhos, pesquisas e descobertas", explicou Abílio.
Na maioria das vezes, o contato com diversos radioamadores do Brasil e do mundo ocorre à noite. Isso porque, durante o dia, os amantes dos equipamentos transceptores desenvolvem outras atividades.
Paulo Leite, o PV8DX, que partcipa de vários concursos nacionais e internacionais de radioamadorismo, é um desses. Durante o dia, exerce a função de orientador de tecnologia em um colégio público da capital. À noite, se dedica às ondas de rádio. Recentemente, ele mediou a conversa entre alunos de uma escola da capital e o astronauta Michael Hopkins.
"Me tornei radioamador em 1980 por causa de um amigo. Passava muito tempo mexendo em todos aqueles utensílios. Acabei gostando muito do ofício e hoje ensino estudantes a operar esses mesmos equipamentos", contou.
Radioamadores colecionam equipamentos transreceptores (Foto: Emily Costa/G1)Radioamadores colecionam equipamentos
transceptores (Foto: Emily Costa/G1)
Os radioamadores explicam que, apesar do nome 'amador' para definir o 'hobbie científico', o trabalho é sério e regulamentado na Anatel.

"Para serem legalizados, os radioamadores devem prestar exames e, de acordo com as provas e tempo de experiência, são classificados entre as categorias A, B e C", explicou Abílio.
Enquanto mostravam como o rádio transceptor funciona, Abílio e Paulo fizeram contato com Vincenton, um radioamador belga. Eles disseram que esses contatos são comuns.

"Falar com radioamadores de Roraima é muito fácil. Apesar de só dez serem filiados à Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (Labre), nós, nessas mais de três décadas, estamos sempre disponíveis", completaram.
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